Camila é um monólogo. A diretora mora no Rio, eu em POA. Complicadores. Ensaios abertos são bem vindos, pois assim troco com o público a experiência da cena. Não ficamos com o compromisso do espetáculo pronto. Alivia. Fizemos dois em junho. Beeeem bom. Um foi no Espaço IABRS. Adultos e crianças de várias faixas etárias. O espetáculo começou sem ritmo. Culpa minha. Sempre do ator, do maestro que dá o ritmo. Terrível a sensação de solidão. O jogo é outro quando estamos só em cena. Minha diretora Suzana Saldanha sempre me fala nos ensaios: - Olha para as pessoas. Olha nos olhos!!! Olhe para um que todos estarão percebendo teu olhar. Não faça de conta, encare mesmo!! Teatro não é truque!! – Tens razão minha diretora. Meu olhar escapava. Sabe como quando a gente ta apaixonada e não consegue bem encarar a pessoa amada? Assim me senti. O bom do teatro é que a gente sempre tem mais uma chance.
Outro ensaio aberto foi na Escola Projeto. Oitenta crianças entre nove e dez anos. Explosão. Cumplicidade. Chegou uma hora que eu não sabia se era eu ou eles que estavam dando o ritmo. Pulsação. Teatro vivo. Bem bom. Camila segue seu caminho....
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